Na manhã desta terça-feira (26), o deputado estadual Tanízio Sá se pronunciou em tom de indignação ao encontrar mães e pais de família alojados em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). As famílias foram desalojadas de suas casas por meio de uma ordem judicial de reintegração de posse e, sem alternativa, improvisaram um abrigo no local, enfrentando condições precárias.
Após conversar com duas pessoas do grupo, Tanízio entrou em contato com a Prefeitura de Rio Branco, solicitando auxílio imediato. A resposta recebida, no entanto, foi de que o problema “não era da Prefeitura”, o que motivou uma crítica contundente do parlamentar à gestão do prefeito Tião Bocalom.
“Cheguei ali na porta da Assembleia e vi trabalhadores e mães de família que foram despejados pela Justiça através de ordem de reintegração de posse. Eles perderam seus lares, suas casas, e agora estão alojados aqui, na frente da Assembleia Legislativa. Recebi duas pessoas que vieram falar comigo, e ao ouvi-las, liguei para o secretário, entrando em contato com a Prefeitura, que é responsável por fazer algo por esses cidadãos, por essas crianças que estão aqui, por esse povo vulnerável. E a Prefeitura disse que não tem nada a ver com isso. Como é que não tem? Como é que vão ficar morando aqui, essas pessoas, com essas crianças? Aqui tem geladeiras, aqui tem fogão. Claramente, o prefeito tem que chamar sua equipe. Cadê a Assistência Social? Cadê o Secretário de Habitação?”, questionou Tanízio.
O deputado cobrou ações concretas do Executivo municipal, como o cadastramento das famílias e a oferta de aluguel social. Ele destacou a vulnerabilidade das crianças e a urgência em garantir um espaço seguro e adequado para essas pessoas.
“Essas pessoas merecem estar em um lugar totalmente adequado. Eu acho que esse prefeito está mostrando quem ele é de verdade. Está na hora de deixar as eleições de lado, prefeito. As eleições já passaram! Está na hora do Prefeito de Rio Branco cuidar das pessoas. Vá lá, mande a sua equipe vir aqui, cadastrar todos eles, os colocando no social, pois eles estão dispostos a sair daí na hora que a Prefeitura vier e der um lugar adequado para cuidar de seus filhos, fazer sua comida. E cadastrá-los também no programa de Habitação. Cadê, prefeito? Você não vai fazer nem uma casa? Cadê essas casas? Não vai sair nenhuma não, será? Está na hora de dar as casas para o povo, prefeito.”