Nesta terça-feira (27), o sindicato dos vigilantes do Acre organizou uma manifestação na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) contra a proposta do Governo do Estado, que, por meio da Secretaria de Educação, pretende substituir o trabalho dos profissionais de segurança por um modelo de monitoramento eletrônico. A categoria reivindica a manutenção dos postos de trabalho, enfatizando a importância da presença humana na segurança dos prédios públicos, principalmente em escolas.
Durante a sessão, o deputado estadual Tanízio Sá, que compõe a base de apoio ao Governo, surpreendeu ao demonstrar solidariedade à causa dos vigilantes. Mesmo alinhado com o Governo, o parlamentar declarou apoio irrestrito aos trabalhadores, defendendo que a categoria continue exercendo suas funções. Segundo Tanízio, a substituição dos vigilantes por câmeras de monitoramento não resolve as demandas de segurança e coloca em risco o emprego de centenas de profissionais no Estado.
O deputado destacou a importância do trabalho dos vigilantes para a proteção das crianças, escolas e outros espaços públicos, ressaltando que a presença física desses profissionais é fundamental para garantir a segurança e tranquilidade da população e reforçou seu compromisso com os trabalhadores, afirmando que vai atuar para garantir que os vigilantes continuem a prestar seus serviços à sociedade. “Não podemos permitir que esses trabalhadores sejam vítimas do desemprego. A segurança das nossas crianças e dos nossos prédios públicos deve ser prioridade, e o trabalho dos vigilantes é indispensável”, concluiu o deputado.
Presidente do Sindicato dos Vigilantes pede ajuda dos deputados para manter os empregos dos trabalhadores e alerta que a falta de profissionais físicos nas escolas põe em risco a vida das crianças
Nonato Santos, que é o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Acre esteve com sua classe na ALEAC nesta terça-feira (27) pedindo apoio para os deputados e se posicionando contra a contratação da empresa de monitoramento eletrônico, que ameaça seus empregos. Ao site A Tribuna do Acre, ele disse que espera o apoio dos parlamentares e alertou dos perigos para a economia e para as crianças a falta de profissionais físicos nas escolas e prédios públicos. Veja:
“Nós esperamos que os deputados dessa casa ajude a nossa categoria, ajude a sociedade, ajude a direcionar esse recurso que está aí para ser contratado essa empresa de São Paulo com sede de Miami. É muito dinheiro, esse recurso de 61 milhões, quase 62 milhões daria para contratar 856 trabalhadores, ou seja, é a economia do Estado que ia ser aquecida. Então, essa empresa que venceu é uma empresa de tecnologia em São Paulo. O nosso medo aqui é que eles retirem um pouquinho de vigilante que tem nessas escolas. Então, o que a gente espera é que os nossos parlamentares se sensibilizem e que não sejam culpados futuramente por um ataque, por falta de segurança nas escolas. Então, é isso que nós pedimos, a sensibilidade dos parlamentares, porque é muito trabalhador que pode ser demitido e por outra situação, são trabalhadores que podem ser contratados. Aproximadamente, aproximadamente 3 mil famílias vão ser beneficiadas se usar esse recurso, contratar vigilantes. Nessa situação aí, só está beneficiando poucas pessoas, uma, duas pessoas em Miami e em São Paulo. Então, nesse caso, o governo planeja contratar uma empresa para prestar o serviço que vocês prestam presencialmente e isso pode colocar em risco o trabalho de vocês, é isso? Não só os trabalhos, como também as crianças, os alunos, porque se retirarem esses vigilantes da escola, com certeza, com certeza vai dar problema.” – concluiu.