O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, mais uma vez se vê no centro das críticas após o fracasso retumbante de uma de suas promessas durante seu pirotécnico mandato: a construção de 1001 casas em apenas um dia.
O projeto, anunciado com pompa e circunstância, deveria ter sido concluído em 11 de maio de 2024, como presente para o Dia das Mães, no entanto, a promessa se desfez ao longo dos meses, deixando a população frustrada e indignada.
O que era para ser um marco de sua gestão tornou-se motivo de escárnio e piadas. Após quase quatro anos da promessa não cumprida, o resultado concreto do projeto veio à tona de forma cômica. Em uma postagem recente nas redes sociais, Bocalom exibiu orgulhosamente o resultado do trabalho da equipe encarregada do beneficiamento das toras de madeira adquiridas para a construção das casas: uma única tábua de cortar carne.
Bocalom não cumpriu a promessa de entregar as casas no Dia das Mães deste ano, mas entregou caixas de chocolate para as mães que encontrava nas ruas/foto: reprodução
A postagem gerou revolta e perplexidade, especialmente considerando os custos astronômicos já associados ao projeto. Segundo denúncias publicadas em veículos de notícias locais, mais de R$ 4 milhões foram gastos até agora, grande parte destinada à compra de toras de madeira, adquiridas sem o Documento de Origem Florestal (DOF), e ao aluguel de galpão para o armazenamento desse material.
O projeto que deveria ser uma solução habitacional para milhares de famílias em Rio Branco transformou-se em um símbolo de ineficiência e desperdício de recursos públicos. A promessa das 1001 casas, que inicialmente parecia ambiciosa, agora soa como uma piada de mau gosto para os moradores da cidade.
A indignação cresce na mesma proporção em que as promessas não são cumpridas. A gestão de Bocalom enfrenta críticas crescentes pela falta de transparência e pelos resultados pífios dos projetos lançados com grande estardalhaço. O caso da tábua de cortar carne é apenas o mais recente exemplo de uma série de promessas vazias que têm marcado sua administração. Enquanto isso, a população de Rio Branco continua à espera das casas que foram prometidas, mas que, ao que tudo indica, nunca sairão do papel.