As ruas cheias de buracos na periferia de Rio Branco, a falta de água que atinge vários bairros na capital, a falta de medicamentos nas unidades de saúde, a falta de infraestrutura na zona rural e mais uma grama de problemas que a população da maior cidade do Acre vem enfrentando não foram o suficientes para impedir o prefeito Tião Bocalom (PL) de realizar mais um evento festivo cujo único objetivo, segundo seus críticos, é tentar reverter sua gigantesca rejeição – sacramentada até o momento – pelas pesquisas de opinião até aqui divulgadas pela mídia acreana.
O tão falado “Festival da Macaxeira de Bocalom” terá início nesta quarta-feira (26) e já começou a causar transtornos aos motoristas da cidade, que terão que cortar caminho para escaparem do gigantesco engarrafamento que acontecerá no centro da cidade.
O argumento que bocalonistas usam é que a festa “movimentará a economia”.
Rio Branco, cujo prefeito não conseguiu implementar seu famoso mote “produzir para empregar” e com tantos problemas a serem resolvidos, tem mesmo a necessidade de organizar festas? Seria essa a prioridade número um do chefe do executivo municipal?
A constatação é mais profunda. Informações dão conta que pessoas próximas a Bocalom defendem que a realização e apoio a festas é uma forma de fazer a população se “esquecer” dos problemas da cidade e partir para a folia, e que essa é uma estratégia eleitoral que pode trazer benefício ao prefeito neste ano de eleição” – teria dito uma pessoa ligada a Bocalom.
Outra pessoa próxima ao prefeito, que pediu anonimato, teria dito que Bocalom não quer perder e que vai partir para tudo ou nada.
“Vamos fazer o que for preciso para ganhar estas eleições. Festa, o escambau que for. Não queremos passar vergonha. Seria um pesadelo perder estas eleições para o Marcus.”