O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rio Branco, Dema Assis fez um desabafo em um vídeo que foi divulgado redes sociais, alegando estar sendo perseguido pelo prefeito Tião Bocalom após recomendar que os trabalhadores da categoria não votassem nele nas eleições municipais. Segundo o presidente, o motivo dessa recomendação foi um episódio no qual Bocalom teria chamado os trabalhadores da construção civil de “vagabundos e preguiçosos” durante uma visita a uma obra do elevado na cidade.
Em seu relato, o sindicalista detalhou o incidente, afirmando que o prefeito chegou à obra em um momento que não era de início de jornada e, de forma agressiva, proferiu ofensas contra os trabalhadores presentes. Ele ressaltou sua indignação com as palavras do prefeito e mencionou que até o momento Bocalom não pediu desculpas pelo ocorrido.
“Prédio luxuoso, o apartamento que o senhor mora naquela cobertura, foi feito pelo trabalhador da Construção Civil. E até agora, o senhor não foi lá pedir desculpas pros trabalhadores pelas palavras que o senhor falou”, declarou o sindicalista.
Além disso, o líder sindical denunciou que o prefeito, através de seus advogados, estaria pressionando para que ele fosse preso, devido ao vídeo publicado anteriormente, no qual recomendava que os trabalhadores da categoria considerassem outras opções de voto, ao invés de reeleger Tião Bocalom.
“Eu falei no vídeo que tinha mais três candidatos a prefeito pra esse trabalhador votar e não votar no Bocalom, mas eu falei no calor da emoção por causa do que ele falou aos trabalhadores”, explicou o presidente do sindicato, reafirmando que sua intenção era expressar sua indignação e defender a dignidade da classe.
O sindicalista ainda destacou que, mesmo diante das ofensas, o sindicato não entrou com ações judiciais contra o prefeito, apesar de haver mais de 70 testemunhas do ocorrido. Ele enfatizou que continuará na luta pelos direitos dos trabalhadores e que, se for necessário, está disposto a enfrentar a prisão em defesa da categoria.
A denúncia do líder sindical trouxe à tona um embate entre o prefeito Bocalom e uma das categorias mais importantes do setor produtivo de Rio Branco, gerando grande repercussão entre os trabalhadores da construção civil e a população em geral.
TRUCULÊNCIA CONTRA OS GARIS
Segundo pessoas que já trabalharam com o prefeito, Bocalom tem um perfil autoritário, truculento nas palavras e de difícil convivência. No início de seu governo, ele mandou a tropa de choque da PM ir conter o protesto pacífico dos garis, que alegavam protestar por causa dos salários atrasados da Prefeitura. A PM chegou com cacetetes e spray de pimenta para acabar com o protesto. Na ocasião , Bocalom se jactou por ter mandado a PM ir para cima dos garis. Veja: