O presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados do Acre (Apartac), Vanderli Ferreira, manifestou-se veementemente contra o possível fechamento do setor de Nefrologia da Fundação Hospitalar do Acre. Sua fala ocorreu durante uma reunião da Comissão de Saúde realizada nesta sexta-feira (18), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Vanderli destacou que investimentos significativos foram realizados no setor de Nefrologia pelo governo do Estado e mencionou uma emenda parlamentar da ex-deputada federal Mara Rocha, no valor de R$ 3 milhões, destinada à modernização do espaço. Ele também criticou a falta de aproveitamento de parte dos recursos, afirmando que a não adequação no projeto impediu a liberação de R$ 2 milhões.
“Eu sou totalmente contra acabar o setor de Nefrologia na Fundação. Eu sempre falei isso aqui para todo mundo. E se os pacientes querem fazer tratamento lá, também estou a favor. Viu, doutor Pedro? Esse terceiro turno tem que ser organizado porque a gente sai 10 horas da noite e eu acho muito tarde. Como eu falei, a Nefrologia teve um investimento alto do governo e teve R$ 1,4 milhão da deputada Mara Rocha e perderam R$ 2 milhões”, afirmou Vanderli.
Além disso, o presidente da Apartac criticou a demora na realização de exames necessários para os pacientes que aguardam transplantes. Ele mencionou o caso pessoal de seu irmão, que precisou pagar R$ 200 por um exame de Mapa, essencial para avaliar sua capacidade de ser doador de rim. Vanderli ressaltou que a demora na execução dos exames tem prejudicado a entrada dos pacientes na fila de transplantes.
“Os exames estão demorando demais. Tem que ser priorizado para a gente poder entrar na fila. Teve recurso para a gente fazer uma Nefrologia grande, só que infelizmente a gente perdeu esse recurso”, concluiu Vanderli, referindo-se ao montante da emenda que não foi liberado por falta de adequação no projeto.
A fala de Vanderli Ferreira reforça a preocupação da comunidade de pacientes renais crônicos do Acre com o futuro do setor de Nefrologia na Fundação Hospitalar e a necessidade de maior celeridade nos processos que envolvem o tratamento e transplante de órgãos.