Depois da forte onda de calor da segunda quinzena de setembro, há uma grande expectativa do que poderá vir em outubro, já que este é mês tipicamente de picos de temperatura no Brasil.
O histórico de calor no país mostra que muitas temperaturas extremas ocorreram em outubro. O mais recente e melhor exemplo é a onda de calor histórica que o Brasil viveu na primavera de 2020.
Segundo a Climatempo, oito das 15 maiores temperaturas registradas no Brasil ocorreram em outubro de 2020. Antes da intensa onda de calor da primavera de 2020, as maiores temperaturas no Brasil eram no patamar de 43°C. Depois dela, o dígito mudou para 44°C.
Segundo o Inmet, a previsão indica que as temperaturas médias devem ficar acima da média em grande parte do País, principalmente em áreas de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde os valores podem superar 29ºC.
Em algumas localidades do sul de Mato Grosso do Sul e parte da Região Sul, são previstas temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média. A ocorrência de dias consecutivos com chuva nessas áreas poderá amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 20°C.
Em áreas de maior altitude dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as temperaturas podem ser inferiores a 16ºC, sendo atribuídas aos dias consecutivos com chuva e, também, devido às incursões de massas de ar frio que ainda chegam, com menor intensidade, e provocam decréscimo das temperaturas em alguns dias.
SITUAÇÃO DO NORTE
A chuva de outubro deve ficar abaixo da média em Roraima, no leste e nordeste do Amazonas, incluindo a região de Itacoatiara, em quase todo o estado do Pará e também no norte e oeste do Tocantins.
Nos demais áreas do Tocantins, no litoral e nordeste do Pará, no Amapá e nas demais áreas do Amazonas, incluindo Manaus, no Acre e em Rondônia, a chuva de outubro deve ficar um pouco abaixo da média.
Esta é uma situação preocupante porque os rios da bacia amazônica já estão com níveis abaixo do normal para esta época. Precipitações irregulares e abaixo da média e o calor excessivo acendem uma situação de atenção para aumento do risco de incêndios na vegetação.
Por Marcelo Beledeli — Porto Alegre