As Forças de Defesa de Israel disseram nesta quinta-feira (17) que mataram três integrantes do Hamas na Faixa de Gaza, e que um deles foi confirmado como sendo o número 1 no grupo terrorista, Yahya Sinwar.
“Neste momento, a identidade dos terroristas não pode ser confirmada”, disseram os militares israelenses, em nota. Segundo redes de TV israelenses, membros do gabinete de segurança de Israel disseram que “é muito provável” que Sinwar esteja morto.
Sinwar é considerado um dos principais mentores dos atentados terroristas de 7 de outubro de 2023 em Israel, que deixaram cerca de 1.200 mortos. Israel o havia jurado de morte dias após o ataque.
O comunicado afirma também que não havia sinais de reféns insraelenses capturados em 7 de outubro de 2023 na área da operação.
Nesta quinta, um ataque de Israel a uma escola que abriga deslocados em Jabalia, na Faixa de Gaza deixou 28 mortos, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. O grupo nega que o local seja usado para fins de combate. Não está confirmação de que esta ação seja a mesma que teria matado os três militantes.
Quem é o terrorista Yahya Sinwar
Sinwar é mais alto funcionário do grupo na Faixa de Gaza, controlada politicamente pelo grupo. Ele ascendeu ao comando de todo o Hamas após a morte de Ismael Haniyeh, assassinado no Irã em julho, por Israel.
Sinwar passou 23 anos em prisões israelenses, condenado a quatro penas de prisão perpétua, pela morte de dois soldados israelenses e de quatro palestinos considerados espiões de Israel.
Ele foi libertado em 2011, com mais 1.026 prisioneiros palestinos, em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado cinco anos antes pelo Hamas.
Em 2018, durante as negociações para um cessar-fogo com Israel, ele redigiu, à mão e em hebraico, uma mensagem ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, com apenas duas palavras: “risco calculado”.
O premiê israelense concordou, então, em permitir a entrada de ajuda financeira regular do Catar a Gaza, em troca de uma trégua frágil com o Hamas, sem aceder, contudo, a outras exigências, como troca de prisioneiros e levantamento do bloqueio ao enclave.
Sinwar e outros líderes do grupo terroristas passaram a se esconder em bunkers e fortificados e a raramente fazer aparições públicas desde o início dos anos 2000, quando Israel realizou uma onda de assassinatos seletivos contra comandantes da facção.
Ele é tido como um dos mentores intelectuais dos atentados terroristas de 7 de outubro de 2023, quando uma ação do Hamas matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e levou mais de 200 reféns para a Faixa de Gaza. Desde então, Israel ceclarou guerra ao grupo e perpetrou diversos ataques à Faixa de Gaza, deixando mais de 42 mil mortos, muitos dos quais mulheres e crianças, de acordo com o Hamas.