Repercutiu fortemente no meio político a revelação de A TRIBUNA de que a prefeitura da capital saiu de um superávit de R$ 90,6 milhões no final de 2019 para um déficit de
R$ 70,4 milhões em 2023. Os dados são oficiais, do sistema Sincofi – Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – com informações da
Secretaria do Tesouro Nacional.
Os vereadores de oposição na Câmara Municipal criticaram o rombo nas contas públicas da prefeitura da capital acreana que somou R$ 170 milhões, ao se somar o saldo positivo encontrado com o déficit fiscal no ano. O questionamento é sobre como o prefeito Tião Bocalom (PL) usou os R$90,6
milhões deixada pela gestão passada da ex-prefeita Socorro Neri e ainda foi capaz de gerar uma dívida estimada de R$79,4 milhões.
“Este prejuízo dado aos contribuintes rio-branquense, é o resultado dos subsídios do setor de transporte coletivo que geram uma
despesa anual de R$33 milhões e a falta de planejamento das obras executadas na cidade”, denunciou o vereador Fábio Araújo (MDB).
Fonte: Poder 360
O vereador afirmou ainda que o prefeito gasta R$11 milhões por ano, com os terceirizados do SAERB (Serviço de Água e Esgoto de Rio Bran-
co), mesmo tendo sido realizado o concurso para preenchimento das vagas na empresa pública.
A prefeitura de Rio Branco já investiu R$ 200 milhões de recursos próprios, desde que assumiu o sistema de distribuição de água
na capital acreana. “O gasto de R$20 milhões na construção deste elevado na estrada Dias Martins, poderia ser usado agora na manu-
tenção da Estação de Tratamento de Água (ETA-II) para garantir o abastecimento dos bairros da capital nesta época do ano”, sugeriu
o parlamentar.
O tema também deve ser um dos motes do início da campanha eleitoral no rádio e TV, fornecendo munição para os adversários
e críticos do prefeito. Não houve pronunciamento oficial da prefeitura sobre o assunto até ontem à noite, apesar da cobrança de aliados de informações para fazer a defesa do prefeito Tião Bocalom.
A capital acreana saiu de superávit de R$ 90,6 milhões para déficit de R$ 79,4 milhões em quatro anos. O próximo prefeito que assumir a prefeitura da capital acreana herdará um rombo de quase R$80 milhões, segundo os dados disponibilizados pelo Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro), que revela que contas públicas de 15 capitais brasileiras registraram
déficit no ano comparado em comparação com o ano de 2019, último ano dos antigos prefeitos.
Rio Branco, nesse ranking, saiu de R$ 90,6 milhões de superávit, deixado pela ex-prefeita Socorro Neri, quando entregou a prefeitura de Rio Branco para um déficit corrente em 2023, do prefeito Bocalom, no montante de R$ 79,4
milhões. Isso representa um total de R$ 170 milhões de variação negativa, quando se soma o superávit que recebeu com o resultado
negativo de quatro anos após.
A gestão Tião Bocalom deixou a capital acreana com o 11º maior déficit das capitais brasileiras, conforme aponta o Tesouro Nacional. No total, Rio Branco está em 16º lugar entre todas as capitais brasileiras e o distrito federal no resultado primário total.
Nesses dados não se incluem os empréstimos e financiamentos tomados pela prefeitura, como os R$ 140 milhões recém aportados,
que terão reflexos nos anos subsequentes com o pagamento da dívida e juros.
O levantamento do SINCOFI e tesouro Nacional revelou que oito capitais transformaram os superávits em déficits nos últimos quatro anos, incluindo Rio Branco. A
capital de São Paulo teve uma das maiores reversões e o maior valor negativo acumulado, pois fechou com um rombo de R$ 7,97 bilhões
no fim do ano passado, seguida pelo Rio de Janeiro, Belém e Salvador.
Fonte: Jornal A Tribuna