A Praça da Revolução, localizada no coração de Rio Branco, deveria estar se transformando em um grande atrativo com os investimentos recentes da prefeitura, prometendo revitalizar o centro da capital acreana e trazer maior movimentação para a região. No entanto, as expectativas estão longe de serem atendidas.
No dia 5 de julho de 2024, o prefeito Tião Bocalom (PL), em seu último evento público antes do período eleitoral, inaugurou uma fonte de água luminosa e interativa. O projeto, financiado exclusivamente com recursos da Prefeitura de Rio Branco, custou cerca de R$ 400 mil. Com 50 bicos de saída de água, que dançam ao ritmo da música tocada por caixas de som, a fonte prometia impressionar. Porém, na noite do último domingo (27), o cenário foi outro: apenas 10 bicos estavam funcionando, e a pressão da água estava visivelmente fraca, decepcionando os visitantes.
“Não sei se foi porque o tempo deu uma esfriada, mas está meio brocha [sic]”, ironizou o comerciante João Nogueira de Lima, frustrado com o estado da fonte.
Além da fonte luminosa, o evento de julho também marcou a assinatura de uma ordem de serviço para a recuperação de uma fonte contemplativa situada próxima aos quiosques da praça, abaixo do totem, e para a construção de um novo quiosque nas margens da Avenida Brasil. Este contrato, por sua vez, totalizou R$ 1,7 milhões. Entretanto, segundo comerciantes locais, que preferiram não se identificar, a fonte contemplativa funcionou apenas por dois dias durante o período eleitoral e, atualmente, encontra-se abandonada. Santinhos de campanha ainda podem ser vistos flutuando na água suja.
“Fizeram funcionar numa sexta-feira e quando foi no domingo já se acabou. Tá aí, nem pra limpar não limpam, só serve como criação de mosquito da dengue”, desabafou um autônomo que passava pelo local.
Foto é do Whidy Melo