O jornalista Wescley Camelo escreveu, no site O Janelão, uma importante reflexão sobre o tão propagandeado “Carnaval do Bocalom”, enquanto a cidade de Rio Branco enfrenta uma das piores epidemias de dengue. Veja:
Há um ditado popular que diz que a língua é o chicote da bunda. Essa expressão coloca em perspectiva a importância das palavras e como elas podem revelar as verdadeiras intenções e prioridades de alguém. E, neste momento, olhando para o atual prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, é difícil não sentir a pontada da realidade nessa afirmação.
Bocalom tem propagandeado que o Carnaval de 2024 será o melhor dos últimos anos. Porém, enquanto ele se prepara para esse evento grandioso, a população enfrenta uma epidemia de dengue que assola a capital do Acre. A pergunta que fica martelando na mente de todos é: como pode o prefeito justificar a realização de uma mega festa com dinheiro público enquanto milhares de pessoas sofrem com a falta de atendimento nos postos de saúde?
O Carnaval é uma celebração tradicional e amada por muitos, sem dúvida. No entanto, quando essa festa é colocada acima da saúde e do bem-estar da população, é hora de questionar as prioridades de nossos líderes. É compreensível que a cidade queira manter suas tradições vivas e oferecer momentos de alegria para seus cidadãos, mas a que custo?
É desconcertante observar como o prefeito Bocalom trata o Carnaval como sua principal prioridade, enquanto os doentes que necessitam de atendimento são deixados em segundo plano. A falta de cuidado com a saúde pública é alarmante e revela uma desconexão preocupante entre a liderança e as necessidades reais da comunidade.
Mais intrigante ainda é o fato de que o governo do estado do Acre também está organizando uma festa de Carnaval, na Gameleira. Por que não unir forças e recursos para realizar um único evento, economizando assim dinheiro público que poderia ser investido naqueles que estão sofrendo com a epidemia de dengue? Essa falta de cooperação e priorização das necessidades reais da população é um reflexo claro da falta de responsabilidade e liderança eficaz.
Portanto, cabe a todos nós questionar: onde estão as verdadeiras prioridades do nosso prefeito e do nosso governo? É hora de exigir transparência, responsabilidade e uma prestação de contas verdadeira em relação ao uso dos recursos públicos. O Carnaval pode ser uma celebração maravilhosa, mas não às custas da saúde e do bem-estar de nossa comunidade.
Por O Janelão