Comerciantes localizados no centro de Rio Branco, capital do estado do Acre, enfrentam tempos difíceis devido à queda significativa nas vendas e à falta de apoio por parte das autoridades municipais. A situação se agrava ainda mais nas proximidades do Terminal Urbano, que costumava ser um ponto de grande aglomeração de pessoas antes da pandemia de COVID-19.
Antes da pandemia, o Terminal Urbano de Rio Branco recebia cerca de 50 mil passageiros por dia. No entanto, a criação de diversas plataformas de transporte alternativos e mudanças nos padrões de deslocamento reduziram drasticamente o fluxo de pessoas na região. Agora, a presença de passageiros se limita principalmente a estudantes e aqueles que têm direito à gratuidade no transporte público.
“Essa mudança no padrão de deslocamento afetou diretamente o sistema de transporte coletivo do município, prejudicando os comerciantes locais. As vendas no centro da cidade caíram em torno de 80%, levando muitos estabelecimentos a enfrentar dificuldades financeiras. Além disso, os funcionários das lojas agora encerram seus expedientes mais cedo, por volta das 15 horas, já que não há mais o movimento de clientes para justificar a permanência após esse horário”, explica um dos comerciantes que não quis se identificar.
A situação se agrava ainda mais para os trabalhadores terceirizados pelo governo, que relatam atrasos nos pagamentos de seus salários, deixando-os em uma situação financeira precária.
Outro fator preocupante é a falta de obras públicas que possam gerar empregos na região e impulsionar a economia local. A ausência de investimentos em infraestrutura e desenvolvimento econômico tem afetado negativamente a qualidade de vida dos cidadãos e a sustentabilidade dos negócios na área central da cidade.
Os comerciantes do centro de Rio Branco pedem urgentemente que as autoridades municipais tomem medidas para enfrentar essa crise econômica. Eles clamam por apoio para revitalizar a área, atrair mais pessoas e clientes, e proporcionar um ambiente propício para o comércio prosperar novamente. Além disso, a resolução dos problemas relacionados ao sistema de transporte público e o pagamento pontual dos trabalhadores terceirizados são essenciais para reverter a situação preocupante que afeta a região.
Por Rádio Cipoac