MDB OXIGENADO COM NOVAS LIDERANÇAS
O velho lobo Flaviano Melo poderá passar o comando do Partido para Marcus Alexandre e Tanízio Sá. Tudo indica que o partido passará por uma grande reformulação. Com esse movimento, o partido irá desvincular de uma vez por todas Marcus do PT e os adversários, não poderão mais tentar enganar a população com a mentira que foi ardilosamente implementada nestas eleições municipais pela campanha de Bocalom. O MDB permanecerá no centro, como sempre esteve, com um leve pendor à direita. A rejeição à esquerda e os R$ 140 milhões que o Lula mandou que ajudaram Bocalom com asfalto periferia afastaram o MDB do PT de vez.
VELHO LOBO FLAVIANO MELO
O Velho Lobo mostrou ser um verdadeiro militante do MDB. Mesmo com sua bengala, sempre participou dos atos do partido nestas eleições. Flaviano é um grande democrata. Mesmo saindo do comando do Partido, Flaviano jamais perderá o respeito e admiração dos militantes e sempre terá uma cadeira reservada para participar dos grandes debates.
OPOSIÇÃO CERRADA
O prefeito reeleito Bocalom terá uma oposição muito qualificada. Entre os nomes, destaco
Elzinha Mendonça, André Kamai, Neném Almeida, Eber Machado e Fábio Araújo.
CHEGA PRA LÁ
Bocalom já deu um “chega pra lá” no senador Alan Rick, deixando claro que é candidato ao governo em 2026. Ou seja, já são quatro candidatos ao governo: a atual vice-governadora, Alan Rick, Nicolau Júnior e Bocalom. Para o Senado, os nomes que surgem são Gladson Cameli, Márcio Bittar, Socorro Neri e Jorge Viana. Outra candidatura provável é a da ex-deputada Mara Rocha, que agrega votos da direita, especialmente daqueles que não gostam de Bittar (e os que não gostam dele não são poucos). Mara tem o apoio do agronegócio, setor em que Bittar está enfraquecido. Petecão disse que não será candidato, o que não acredito, deve estar apenas na ressaca da derrota.
JV ABRAÇADO COM LULA
Jorge Viana vai usar a imagem de Lula em sua campanha. Ele quer mostrar os feitos da era
PT e a importância de Lula no período administrado pela FPA. A intenção é fazer uma
campanha educativa para recompor a verdade e acabar com o antipetismo no Acre. Vamos
aguardar para ver os efeitos.
NOVO RUMO
Resta ao senador Alan Rick baixar a crista e procurar aliados. O MDB foi tratado com
soberba por Alan quando o assunto era apoiar Marcus Alexandre. Agora, ele terá que ser
mais humilde para conseguir aliados, pois seu campo político já está com o time completo.
ELE NÃO PARA
Marcus Alexandre vai começar a viajar pelo Estado, com as andanças marcadas para
novembro. Ao ser perguntado sobre seu futuro político, respondeu: “Posso sair candidato ao senado, governo, deputado federal ou estadual. Estou aberto a qualquer uma dessas alternativas. Agora, vice jamais. Sou são-paulino, não vascaíno.” – disse.
AMADA AMANTE
Almocei no famoso bar da Papuda com dois líderes da esquerda. Contaram-me que foram
tratados como “amantes”, que só se encontram à noite. Lamentaram não terem investido em uma candidatura de esquerda. Concordo plenamente. Estão sem densidade eleitoral, mas têm intelectuais de sobra para dar qualidade ao debate. O professor José Uchoa, do PC do B, deverá ser candidato ao Senado. É vida inteligente na política.
SERÁ QUE TEM?
Uma coisa é certa: o prefeito não tem a força política que pensa ter. Marcus Alexandre
perdeu essa eleição para o PP, não para o PL. Se quiser ser governador em 2026, esqueça
o PP.
PREVISÃO À LA BRUZUGU
Vamos lá: Gladson acordou com Bocalom que Alysson assumiria, e Bocalom se afastaria
para ser candidato. Ocorre que Gladson lançará Nicolau para o governo. O Palácio já sonda Marcus Alexandre para vice (probabilidade zero de ele aceitar). Isso significa que Bocalom não terá esse apoio. Restará a ele ser candidato a deputado federal, visto que Alysson apoiará Nicolau, que também contará com o apoio de diversas prefeituras. Bocalom será obrigado a se afastar, ou terá que ser candidato a vereador em 2028.
CHORO
Os “cabeças brancas” estão certos de que um dos fatores fundamentais para a vitória do PL
em Rio Branco foi o governo Lula ter liberado 140 milhões para que Bocalom pudesse fazer
a festa. Eles não se conformam com isso. Embora Bocalom tente negar, não conseguirá jamais : que Lula foi um dos que o ajudaram a se reeleger.
FOI A EXIGÊNCIA DE UMA VELHINHA MILITANTE LÁ DA SOBRAL
Uma idosa que sempre votou no Velho Lobo Flaviano Melo lá da Baixada da Sobral, segundo o militante Wagner Lopes, que foi pedir o voto dela para o candidato do MDB, disse que ela falou que não votaria no Marcus Alexandre porque tinha petistas do lado dele e exigiu que o MDB voltasse a ser o “MDB raiz” e que o partido se afastasse do PT. A velhinha, apesar de não ser mais obrigada a votar, disse ao militante que vota no Colégio Áurea Pires. O Velho Lobo ouviu o conselho e decidiu que o Partido não caminhará com o PT novamente.
CURIOSIDADES
Apesar das derrotas em municípios estratégicos, o MDB foi o partido mais votado. Na capital, a federação Rede/Psol teve mais votos que o PSB de Jenilson Leite e o PSD do
senador Petecão.
CÂMARA MUNICIPAL
Pode haver surpresas na composição da mesa diretora. Há um grupo menor, mas com
grande poder de articulação. Bruno Moraes pode acabar como presidente, caso a
articulação do outro lado enfraqueça. No momento, parece improvável que essa previsão se concretize.
SOCORRO NERI
Se a inelegibilidade do atual governador for confirmada, a deputada pode preparar um novo tailleur para a posse no Senado Federal e, em seguida, ser a número 1 no comando do PP
acreano. Nesse caso, Gladson cairia no ostracismo político.
CHAME CHAME, MAS NÃO VAI
A tentativa do Palácio de fisgar Marcus Alexandre, como fez com Minoru e Ney Amorim, não vai dar certo. Eles fazem isso e acabam anulando o lado político. Marcus é um líder, aliás, o mais forte da Oposição. É novo e pode se dar ao luxo de ter várias derrotas. A história diz que, após três derrotas seguidas, vem a vitória. Foi assim com Bocalom, Edmundo Pinto, Lula, Cabide e tantos outros.
2026 É LOGO ALI
Uma indagação sobre 2026: com dois anos desse asfalto frágil, que não aguenta uma
enxurrada, terá o prefeito R$ 140 milhões e o apoio do PP para o governo? Duas hipóteses
nada animadoras para Bocalom.
EXPORTAÇÃO
Ocorreu o terceiro evento em Rio Branco, promovido pela Apex Brasil, para impulsionar as exportações acreanas. O momento é propício e tudo leva a crer que, finalmente, o Acre pode começar, daqui a algum tempo, a não depender apenas da política do contracheque.
As opiniões e idéias do blogueiro a partir da interpretação de dados e fatos são pessoais e seu texto não reflete, necessariamente, a opinião do site A Tribuna do Acre