O ex-deputado estadual Cadmiel Bomfim, que disputou a prefeitura de Feijó nas eleições municipais deste ano, retornou à capital com o objetivo de se articular politicamente para as eleições de 2026. Com planos de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Cadmiel busca consolidar seu espaço, especialmente entre o eleitorado evangélico. Em 2022, ele obteve quase 6 mil votos, mas não conseguiu a reeleição. Neste ano, tentou a prefeitura de Feijó e terminou em terceiro lugar, com 2.018 votos.
Com a derrota de Elias Macedo nestas eleições municipais, Cadmiel desponta como um possível representante da Assembleia de Deus na disputa por uma cadeira no parlamento estadual em 2026. Quando ocupou a posição de deputado, Cadmiel se destacou por seu apoio às organizações sociais ligadas à Igreja, conquistando a simpatia de muitos fiéis. Já há especulações entre membros da Igreja de que ele seria um forte candidato para representar os evangélicos na Aleac.
A trajetória de Cadmiel, marcada por sua atuação em prol da comunidade religiosa, pode colocá-lo novamente na corrida eleitoral, e os próximos dois anos serão decisivos para definir seu papel nas eleições de 2026.
TEM O APOIO DA PM E DE FEIJÓ
Cadmiel teria mais vantagem politicamente que Elias Macedo numa disputa eleitoral por dois motivos: tem votos além do segmento evangélico da capital. Ele tem sua base natural a PMAC, onde defendeu com afinco as demandas da classe. Segundo informações de um militar que preferiu não se identificar, Cadmiel quando foi deputado, foi o político que mais lutou por melhorias para a PM dentro do Parlamento. Sua outra base natural é o município de Feijó. Cadmiel vem de um grande clã evangélico tradicional, que é a Família Bomfim e seu principal apoiador é o presidente da Assembleia de Deus local, pastor Rogélio Luiz. Já Elias Macedo, por ser pupilo político do deputado estadual Nicolau Júnior, dificilmente concorreria para deputado, a não ser que Nicolau fosse candidado a deputado federal ou a governador.