Perto de finalizar seu primeiro mandato em Rio Branco, Bocalom exalta produção de macaxeira em Sena; enquanto na capital durante sua primeira gestão, o seu principal projeto “Produzir para Empregar” não sai do papel
Neste final de semana, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, após ter visitado, segundo ele, as obras na capital, divulgou nas suas redes sociais o que seria “desfrutando” de uma porção de macaxeira frita na companhia de sua noiva, Kelen Nunes. A iguaria, cultivada na colônia de seu amigo Enoque, funcionário do SAERB, localizada em Sena Madureira, conhecida como Gaibú e feita em pedaços, foi aprovada pelo prefeito, que exaltou a qualidade da mandioca produzida no município vizinho. Contudo, para os rio-branquenses, o elogio de Bocalom nas redes sociais é um pouco contraditório, sendo que chegou ao segundo mandato com a sua velha promessa de “Produzir para Empregar” que em Rio Branco, ainda não saiu do papel. Conhecido como um “grande incentivador da agricultura e maior apoiador do homem do campo”, na maior cidade do Acre, a gestão Bocalom sequer plantou um grão de arroz ou um pé de feijão.
O prefeito, nas redes sociais, também anunciou uma visita neste domingo à sua própria colônia de produção de café em Acrelândia. A iniciativa poderia até soar como incentivo à agricultura, se não fosse por um detalhe: em Rio Branco, onde Bocalom deveria estar colocando em prática sua tão propagada política de incentivo à produção, o que se vê é um longo atraso. Pouco ou nada foi produzido na capital sob sua gestão, e as promessas de geração de emprego ainda parecem um sonho distante. Isso sem falar na situação de abandono de muitos ramais da zona rural da capital.
O programa “Produzir para Empregar” – que foi e continua sendo uma das principais bandeiras de Bocalom para ser eleito – está paralisado, enquanto o prefeito continua a exaltar produtos de outros municípios. Para a população de Rio Branco, que ainda espera ver a economia local fortalecida e as oportunidades de trabalho surgirem, a situação gera um misto de frustração e descrença.
Rio Branco segue à espera de ações concretas. O tempo está passando, e a cobrança sobre Bocalom cresce a cada elogio que ele direciona à produção alheia – enquanto a cidade, à qual ele deve governar, segue desassistida e sem as promessas de emprego que tanto aguardava.
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